segunda-feira, 2 de março de 2009

O Pica Miolos

Já não era sem tempo. Sei que muitos esperam há muito por um blog que possa quebrar a monotonia quotidiana em que vivemos no sempre e quase eterno "politicamente correcto". Não, este também não será um espaço da má língua, na sua verdadeira acepção da palavra. Não confundir com outras analogias de má língua, muito em voga ultimamente e que têm servido, inclusivamente, para esquecer a crise e promover o casamento gay. Não que eu tenha nada contra os gays, antes pelo contrário, quantos mais existirem melhor; mas, sinceramente, julgo que na actual conjuntura, com tantos problemas que as pessoas enfrentam, estarmos preocupados com umas mariquices, não passa pela cabeça de ninguém. E não é que os nossos governantes, pessoas de muita sabedoria e conscientes do seu dever, lá têm que despender uns minutinhos para tratar de acasalar aquela gente, quando todos nós sabemos que existem problemas que eles nem querem ouvir falar para não terem de tomar decisões?! Sim, porque não há desemprego, a economia cresce a olhos vistos, a banca cumpre integralmente a sua função, há motivação no trabalho e sobra sempre mês para o vencimento que temos;estamos numa era em que lamentamos profundamente que nem todos os seres humanos tenham tido a felicidade de nela terem vivido.Somos, não há dúvida, uns felizardos e só temos que dar graças a Deus por nos ter dado a possibilidade de podermos desfrutar de tão soberba oportunidade de vivência e convivência com esta panaceia de ilustres e inesquecíveis predadores dos mais elementares princípios de ética, criatividade, e visão do futuro, o que nos conduzirá, inquestionávelmente, para o paraiso terrestre

1 comentário:

  1. Que pena.
    Que pena não ser este espaço um verdadeiro fórum de má-língua (no sentido de coscuvilhice e não no sentido de cunilingus). A má-língua é mordaz mas esclarecedora. A má-língua é, ao mesmo tempo, juiz e algoz. É o espelho que reflecte, cruelmente sincero, as feições hediondas de uma sociedade desordenada e incompleta. O detentor de má-língua, julgando sem processo, cria não a factualidade experimentada mas o potro imaterial do vilipêndio. Oh! Quão gracioso fica o poderoso quando travestido pelo tecido de oiro e cetim da mordaz má-língua …

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